Roda de conversa debate direitos da população LGBTQIA+ na UFG

Coordenação de Inclusão e CAs realizam roda de conversa sobre direitos da população LGBTQIA+

Atividade fez parte da programação do Intercom CO 2024 

Texto e fotos: Felipe Cordeiro (Estudante de jornalismo sob orientação da professora Mariza Fernandes)

Como parte das atividades do Intercom CO 2024, uma roda de conversa sobre os direitos das pessoas LGBTQIA+ foi realizada no primeiro dia do congresso (05/06), no auditório da Faculdade de Informação e Comunicação da UFG. A iniciativa teve o objetivo de reunir estudantes da UFG e das instituições participantes do evento para debater as demandas específicas da comunidade, com a intenção de contribuir para a redação de um documento a ser apresentado à direção da faculdade.

A representante da Coordenação de Inclusão e Permanência da FIC (Cinpe/FIC), professora Mariza Fernandes, explicou que a roda de conversa foi planejada a partir de uma experiência realizada anteriormente no mesmo local. “Em 2013, nós fizemos aqui a reunião do primeiro Grupo de Trabalho em Ações Afirmativas da FIC, que teve o objetivo de reunir estudantes que ingressaram por ação afirmativa, saber qual a situação deles na UFG e construir um levantamento de demandas para levar à gestão”, afirmou.

O coordenador do Centro Acadêmico de Biblioteconomia (CABU) e representante do Coletivo Xica Manicongo, Mel Peixoto, destacou uma das principais conquistas do movimento LGBTQIA+ na UFG. “Depois de bastante luta, de uma ocupação no Consuni e também na reitoria, conseguimos a inclusão de pessoas transexuais, transgêneros e travestis no programa UFGInclui valendo a partir de 2025/1”, lembrou. O programa UFGInclui cria uma vaga a mais em cada curso para candidatos que fazem parte dos grupos atendidos pela política.

Apesar das conquistas, Mel destacou que ainda são necessárias políticas voltadas à permanência da população LGBTQIA+ na universidade. Segundo Mel, alguns estudantes se tornam vítimas de prostiuição compulsória para conseguir arcar com os custos financeiros de se manter na faculdade. A atividade resultou em uma lista de demandas e sugestões de ações para promover o combate à LGBTfobia e promover a permanência de estudantes da comunidade na FIC.

A lista será incorporada a um documento que, de acordo com a Cinpe/FIC, será entregue à direção da unidade acadêmica. Algumas das medidas recomendadas são: a realização de ações permanentes de educação e conscientização da comunidade acadêmica sobre o combate à LGBTfobia, a promoção de uma campanha informativa sobre os direitos da população LGBTQIA+ na UFG com foco principalmente no nome social, e o levantamento de dados quantitativos sobre essa população na universidade.

A roda de conversa foi organizada por meio de uma parceria entre a Coordenação de Inclusão e Permanência da FIC e os centros acadêmicos de biblioteconomia (CABU), de jornalismo (CAJ), de publicidade (Cafe) e de relações públicas (CARP).

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