Capa de Notícia Oficinas e Workshops

Confira a lista de oficinas e workshops do Intercom Centro-oeste 2024

Programação tem 21 opções em diferentes áreas da comunicação

Está disponível a lista de workshops e oficinas do Intercom Centro-oeste 2024. As inscrições serão realizadas durante o evento. 

Oficina 1 – Por um jornalismo anticapacitista: como tratar e retratar pessoas com
deficiência
Sabryna Moreno da Silva


Esta oficina tem como objetivo principal propor reflexões, diálogos e aprendizados sobre
como o fazer jornalístico afeta a forma como as pessoas com deficiência (PCD) vivem e
se relacionam em sociedade. Ainda hoje, é comum ver conteúdos midiáticos que
contribuem com a estigmatização e objetificação de corpos e mentes diversos, sendo
estes frequentemente reduzidos à símbolos de superação. O capacitismo, assim como o
racismo, é um preconceito estrutural e afeta o exercício da cidadania de pessoas com
deficiência. A ideia discriminatória de “pessoas especiais” ainda permeia em sociedade,
e, por sinal, é uma das responsáveis pela rotulação da pessoa com deficiência como
“anjo” ou “super-herói”. Nesse sentido, a proposta é apresentar boas práticas para tratar
e retratar pessoas com deficiências em matérias jornalísticas, respeitando suas
diversidades e subjetividades, e, sobretudo, pensar sobre como a sociedade, de modo
geral, pode construir um futuro anticapacitista.


Oficina 2 – Acessibilidade no telejornalismo
Kamyla Faria Maia, Vanessa Bandeira Moreira e Diego Mauricio Barbosa


A oficina tem o objetivo de trabalhar a acessibilidade para a comunidade surda em
conteúdos jornalísticos televisivos, por meio da tradução e interpretação para Língua
Brasileira de Sinais-Libras. Para tanto, haverá uma abordagem conceitual sobre
telejornalismo, comunicação pública e Libras. Também serão oferecidas noções de
apresentação no telejornalismo e os mecanismos para tornar o conteúdo jornalístico
mais acessível e adequado para a interpretação. Também haverá espaço para construção
de textos e prática em frente às câmeras, aliada à interpretação.


Oficina 3 – Tecnologias e tecnicidades: prática de pesquisa em Comunicação e Estudos
Culturais
Ana Julia de Freitas Carrijo


A oficina tem como tema a prática de pesquisa sobre tecnologias de comunicação, em
interface com os Estudos Culturais, especialmente latino-americanos. O objetivo é
explorar os usos da mediação “tecnicidades” de Martín-Barbero em diferentes pesquisas
que estudam tecnologias de comunicação contemporâneas. Especificamente,
discutiremos como as tecnicidades podem ser utilizadas como operadores teórico-
metodológicos para analisar transformações no entorno sociotécnico ao longo do
tempo. Para tanto, faremos uma reflexão sobre a perspectiva dos Estudos Culturais
latino-americanos no campo da Comunicação, enfatizando a abordagem das relações
entre tecnologias e sujeitos de modo contextual. Além disso, utilizaremos os recursos
teórico-metodológicos dos Mapas das Mediações de Martín-Barbero como protocolos
para operacionalizar a pesquisa na área. Realizaremos, ainda, atividades práticas de
articulação da teoria com objetos de pesquisa como plataformas e algoritmos de
recomendação, bem como outros recortes relacionados aos interesses dos
participantes.


Oficina 4 – Da ideia ao feed – Criando vídeos para as redes sociais
Ludielma Laurentino e Souza e Maria Eduarda Limongi
A oficina irá apresentar teorias do roteiro, da linguagem audiovisual e das estratégias de
marketing, e aplicá-las na prática da produção e divulgação de vídeos curtos. No primeiro
dia, serão duas horas com apresentação da teoria (conceitos de roteiro, enquadramento,
iluminação, dentre outros) e discussão das ideias para a produção de vídeos
(brainstorm). A turma será dividida em grupos, cada grupo deverá trazer material em
foto e/ou vídeo para o dia seguinte ser finalizado. No segundo dia, iremos analisar o
material e avaliar as melhores escolhas para a finalização deste material. Se necessário,
serão produzidos off e elementos para contribuir na finalização. Conceitos básicos de
edição serão ensinados e cada grupo irá editar seu vídeo. Também serão discutidas
algumas estratégias de marketing para postagens destes produtos nas redes sociais e
apresentadas as melhores formas de lançar esse produto audiovisual nas redes.


Oficina 5 – Criação de podcast
Thais Rodrigues Oliveira e Mikaela Esber Pasa


Com o avanço da tecnologia, novas formas de produção de materiais sonoros e visuais
vem surgindo a todo momento. A oficina de Podcast busca habilitar o participante para
a prática de criação de podcasts, um tipo de material sonoro que é distribuído na
internet. Abordaremos o processo de produção de um podcast: da ideia colocada no
papel até a distribuição nos agregadores, via podcasting. Serão executados exercícios de
criação sonora e edição. Com isso, o objetivo principal da oficina é capacitar o
participante para produção independente de podcasts, fazendo com que ele também ao
longo da oficina aprenda a usar equipamentos gratuitos de captação e edição de som.
Além de contribuir para o processo de democratização no uso e distribuição do som em
podcasting, e assim produzindo materiais sonoros de maior qualidade. Ao longo da
oficina iremos explicar o que é um podcast e suas características, pontuando também as
vantagens desse formato. Depois de passar por tais questões é que serão apresentadas
as etapas de produção de um podcast, que são: pré-produção (ideia, público-alvo,
duração e estrutura), produção (gravação), pós-produção (edição do material) e por fim
a distribuição.


Oficina 6 – Mobgrafia: a fotografia com dispositivos móveis
Karine do Prado Ferreira Gomes


Em uma cultura da convergência, o celular insurge como o principal artefato cultural
contemporâneo, capaz de proporcionar experiências estéticas múltiplas e inovadoras. É
nesse cenário hipercomplexo que devemos pensar a fotografia com novas nuances e
perspectivas. Nessa oficina veremos o que é a mobgrafia, como surgiu o termo e quais
são suas características únicas. Apresentação do Mobile Photo Festival e de fotógrafos
mobgrafistas, Como parte prática, também faremos exposição dos fundamentos e
parâmetros da fotografia básica, tais como: iluminação, enquadramento e composição.
Temos como o objetivo principal a sensibilização e desenvolvimento do olhar fotográfico,
por meio da apresentação de repertório fotográfico e atividades práticas. Os
participantes terão contato com a estética da fotografia e possibilidades criativas com
dispositivos móveis. Por fim, os participantes terão a oportunidade de reconhecer por
meio de teoria e prática elementos técnicos da linguagem fotográfica e como aplicá-los
usando seus smartphones.


Oficina 7 – A Linguagem Publicitária d'Os Beatles como Transcriação e criação de
repertório Publicitário
Ludmila Martins Naves Capuzzo


O que temos de ciência entre linguagem publicitária de uma banda de rock and roll e o
método de transcriação? Transcriação é um método de análise e tradução crítica de
significados culturais, surge na Índia e é trazido para o Brasil por Haroldo de Campos na
década de 1950 junto ao movimento concretista brasileiro, que buscava explorar novas
possibilidades de linguagem na poesia, incluindo a combinação de diferentes mídias e a
reinterpretação de textos pré-existentes. A transcriação, como proposta por Haroldo de
Campos, envolve a tradução criativa e a recriação de obras literárias, muitas vezes
reinterpretando-as de forma inovadora e experimental. Da Literatura à Publicidade por
uma lente rock and roll, a banda The Beatles. Nesta oficina, a proposta é trabalhar a ideia
de transcriação desde sua origem à sua aplicação na linguagem publicitária e a partir dos
Beatles como exemplos, entender princípios de tradução cultural e criação de repertório
em uma discussão e aprendizado sobre a forma transcriativa na linguagem publicitária."


Oficina 8 – Fotografia, Bordado e Cerrado: possibilidades de comunicação
Ana Rita Vidica, Júlia Mariano e Pollyana Melo


Esta oficina é uma proposta de três pesquisadoras de diferentes instituições, UFG, UEG
e IFG, que tem como objetivo criar elos comunicacionais entre a fotografia, o bordado e
o cerrado, percebendo as possibilidades de vínculos entre eles. Parte-se de um aporte
teórico sobre o entrelaçamento entre fotografia e bordado, por meio da apresentação
de obras artísticas que trazem esta mistura. Em seguida, fotografias em preto-e-branco
do cerrado, de autoria das proponentes, serão apresentadas aos participantes para que,
por meio do aprendizado de pontos de bordado produzam suas próprias obras, cruzando
as linhas do cerrado com as linhas bordadas. O cerrado aparecerá como imagem nas
fotografias e também nas linhas que serão usadas para o bordado, uma vez que estas
serão tingidas com pigmentos presentes neste bioma. Como resultado, haverá a
produção de fotografias bordadas, criando diferentes formas de comunicação entre
fotografia, bordado e cerrado, pelos participantes da oficina. Não é necessário
conhecimentos de bordado. Os materiais para a atividade prática da fotografia bordada
serão oferecidos pelas proponentes.


Oficina 9 – Política de Comunicação Integrada: uma proposta de eixos temáticos
estratégicos
Daiana Stasiak e Lutiana Casaroli


A oficina tem como objetivo apresentar os eixos temáticos estratégicos que podem
servir como base para elaboração de Políticas de Comunicação em Universidades e
Institutos Federais de Ensino Superior do Brasil. O crescimento do ensino superior
público tem exigido maior complexidade e profissionalismo na gestão das instituições de
ensino superior. Esse contexto demanda compreender e estruturar a área da
comunicação como elemento estratégico para o seu desenvolvimento. Neste sentido,
nota-se o aumento do interesse das Universidades e Institutos Federais de Ensino
Superior (IFs) brasileiros em desenvolverem suas políticas de comunicação, uma
resposta aos anseios e mudanças ocasionadas pela competência das instituições em
atualizar suas práticas de comunicação e a capacidade dos públicos que internalizaram
os comportamentos midiatizados e, cada vez mais, agem a partir das possibilidades
tecnológicas de comunicação. A partir deste cenário, tais instituições formalizam suas
propostas num documento de Política de Comunicação no qual são definidos princípios,
diretrizes e posturas que norteiam o planejamento, a execução e a avaliação de
estratégias, ações, produtos e serviços de comunicação.


Oficina10 - Gestão Estratégicas de Redes Sociais
Lutiana Casaroli e Caio Lopes Rabelo


O objetivo da oficina é capacitar os discentes para a gestão de redes sociais. Em um
mundo onde as novas tecnologias de comunicação e informação predominam, o
planejamento de redes sociais se tornou essencial para garantirmos relevância e uma
comunicação assertiva com a sociedade. Nesse contexto, o universo midiático das redes
sociais passou a constituir uma preocupação emergente para instituições que desejam
construir uma boa imagem de marca e uma identidade compreensível pelo grande
público. Nessa oficina serão trabalhados temas como: estratégias de posicionamento
nas redes, ferramentas de gestão, as diferentes linguagens: imagem fixa, imagem em
movimento, textos e sons, estudo das métricas, estratégias de persuasão, a importância
das hashtags e a mobilização de públicos de interesse para o posicionamento de marca.


Oficina 11 – Marketing Analytics
Thâmara Vilela


Definição e Aplicações de Marketing Analytics; Ciência de Dados e IA no cotidiano;
Planejamento de Monitoramento de Mídias Sociais, incluindo coleta, análise e
apresentação de dados; Métricas de Marketing; LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados)
na Comunicação Social; Futuro do Trabalho e Revolução 4.0; Desafios e Tendências em
Marketing Analytics. O objetivo geral é apresentar conceitos e aplicações de Marketing
Analytics, capacitando os alunos para compreender o ambiente de marketing,
desenvolver estratégias, monitorar métricas, analisar dados e gerar insights de negócios.
Já os objetivos específicos são: entender conceito de Marketing Analytics; desenvolver
Planejamento de Monitoramento em Mídias Sociais; abordar técnicas de Social
Listening, da extração de dados aos insights; apresentar Estudos de Casos e Relatórios
de Dados.


Oficina 12 – Ferramentas para Comunicação Compartilhada
Nilton José dos Reis Rocha


Os Laboratórios Integrados em Jornalismo Compartilhado e Coletivo Magnífica Mundi,
da Faculdade de Informação e Comunicação da Universidade Federal de Goiás,
apresentam esta proposta com o objetivo de articular vivências e troca de saberes no
que se define enquanto comunicação popular compartilhada. Propõe-se uma oficina
guarda-chuva, subdividida em oficinas simultâneas que dialogam entre si. Para que isto
se constitua, os espaços Magnífica Mundi são determinantes pois permitirão a
visualização do processo e a articulação da compreensão das possibilidades deste tipo
de comunicação. As oficinas propostas são:Texto criativo; Fotografia e fotojornalismo;
Rádio comunitária e web rádio; Web TV; Diagramação e artes gráficas; Ilustração e
charge; Animação quadro a quadro; Redes Sociais. O Prof. Nilton, proponente,
coordenará as atividades contando com docentes convidados e participantes da
Magnífica Mundi especialistas nas áreas. Para a realização das oficinas, a Magnífica
Mundi coloca seus espaços físicos na Faculdade de Informação e Comunicação da UFG
como os locais para realização de tais atividades, bem como alguns de seus
equipamentos. Se usarão câmeras fotográficas, filmadoras e computadores.


Oficina 13 – Jornalismo para além do óbvio: quando a notícia não é só o problema,
mas também a solução
Laila Carolline Silva de Melo


O pensamento do jornalista tem sido moldado para discernir o que é ou não uma notícia
(Hall et al., 2016). As histórias mais vendáveis e os relatos de ""deu errado"" ganham
destaque. Em paralelo, é crucial considerar uma nova dinâmica comunicacional na qual
as telas desempenham um papel central (GÓMES, 2014), acelerando a disseminação das
notícias. Como resultado, somos inundados por uma sensação de saciedade em relação
às informações consumidas. E se o jornalismo fosse reinventado, com pautas que
abordassem as soluções dos problemas? Esta é a proposta desta oficina. O objetivo é
inspirar uma nova abordagem jornalística que não se restrinja ao negativismo, mas
também exponha mudanças eficazes na realidade. Proponho que a oficina seja dividida
em três partes: (1) uma exposição teórica sobre o jornalismo convencional e a proposta
de uma abordagem renovada; (2) apresentação do Sistema Sagres de Comunicação, que
anteriormente se concentrava em notícias ""hard"" e passou por uma profunda
reestruturação editorial ao adotar o jornalismo de soluções, alinhado com a Agenda
2030 da ONU; (3) uma atividade prática para incentivar essa nova forma de pensar.


Oficina 14 – Vídeo participativo: conceito e prática audiovisual dialógica
Érica Gonçalves Soares, Ana Lucia Nunes de Sousa


Esta oficina tem por objetivo pensar a prática audiovisual enquanto processo
educomunicativo a partir do Vídeo Participativo. Embora não possua um conceito
fechado, entre suas várias possibilidades, o vídeo participativo é reconhecido como uma
prática que dá ênfase ao processo participativo de produção audiovisual (HIGH, 2012;
SÁNCHEZ, DOMÍNGUEZ, 2020), se configurando como espaço de diálogo, ação e reflexão
com finalidades múltiplas de transformação pessoal e social por aqueles que outrora
eram tidos apenas como objetos de filmagens (WHITE, 2003). Para além de um produto
final, interessa a produção de sentidos a partir dos elementos que compõem o
audiovisual, como planejamento, produção, edição, emissão e difusão (ESPINOSA,
2012). A oficina estará dividida então nas seguintes etapas: 1) breve revisão do conceito
a partir de seus principais autores e autoras; 2) exemplos práticos do uso do vídeo
participativo; 3) etapas constitutivas da produção audiovisual; 4) como aproveitar
melhor a câmera do celular para filmar; e 5) produzir um mini vídeo participativo. Vagas:
15 pessoas, que devem ter celular para filmar. Duração: 3h30. A sala onde ocorrerá
necessita de projetor ou computador ou TV para exibição de vídeo.
Palavras-chave: vídeo participativo, educomunicação, audiovisual"


Workshop 1 – Construção de personagem para narrativas de entretenimento
Murilo Gabriel Berardo Bueno, Patricia Quitero Rosenzweig e Raquel de Paula Ribeiro


O workshop proposto tem como objetivo abordar a construção do perfil psicológico de
personagens em diferentes formatos e estilos de narrativas de entretenimento, como
jogos de videogame, quadrinhos e produções audiovisuais. A relevância deste tema
dentro de um congresso de comunicação reside no fato de que personagens bem
desenvolvidos desempenham um papel crucial na criação de narrativas coesas, com
estruturas bem definidas, conflitos e outros elementos. A abordagem prática deste tema
permitirá que os participantes do congresso adquiram técnicas e estratégias para criar
personagens com profundidade psicológica e personas bem elaboradas. Entende-se,
portanto, que tais personagens, quando construídos com precisão, têm o poder de
despertar emoções nos espectadores, leitores, jogadores e ouvintes, intensificando a
experiência de entretenimento. O Workshop aos participantes compreender como criar
personagens que representem efetivamente as características do universo ficcional no
qual estão inseridos. Ademais, a elaboração a partir de uma visão crítica acerca dos
estereótipos proporciona uma oportunidade para explorar a diversidade. Por fim, o
workshop também oferecerá aos participantes a chance de aprimorar suas habilidades
de escrita, roteirização e desenvolvimento de narrativas, capacitando-os como
profissionais qualificados na área de comunicação.


Workshop 2 – Produção e Mercado para Filmes Patrimoniais
Pedro Augusto Diniz Silva


As técnicas e conceitos teóricos de produções audiovisuais de caráter etnográfico e
documentário para salvaguarda e difusão de bens culturais e, sobre as perspectivas para
captação de recursos via leis de incentivo para realização de filmes patrimoniais.
Conteúdo Programático: Ato 1º: Conceitos e características dos bens de valor cultural de
natureza material, imaterial e natural. Metodologias de pesquisas e criação de roteiros.
Recurso didático: Exibição de vídeos educativos de curta duração de autoria do
proponente. Ato 2º - Aspectos técnicos de produções audiovisuais empreendidas por
pequenas equipes, desde a captação de imagens e sons até os princípios da edição e
finalização. Recurso didático: Dinâmica dialogada para perguntas e respostas. Ato 3º -
Apresentação das leis de incentivo e editais públicos vigentes, modelos de documentos
necessários para realização de produtos audiovisuais. Recurso Didático: Disponibilização
de modelos de contratos de prestação e termos de uso e imagem e afins. Ato 4º - Temas
relacionados à trajetória histórica, a legislação e as etapas do reconhecimento oficial do
suporte audiovisual enquanto fonte histórica.


Workshop 3 – A gente gosta é de sangue: a "gourmetização" do true crime e dos serial
killers na perspectiva da comunicação e entretenimento no Brasil
Renan da Silva Dalago


O minicurso aborda a recente mudança no consumo de conteúdos jornalísticos
sensacionalistas, especialmente no gênero true crime. Há uma transição da audiência de
jornais sensacionalistas para formas de mídia como séries, podcasts, filmes e livros que
exploram crimes reais. A análise questiona os limites entre entretenimento e
conhecimento, examinando o fascínio por mentes perigosas e as implicações da
"gourmetização" midiática do true crime. O foco da discussão está em casos
emblemáticos de serial killers brasileiros, como Francisco das Chargas e Marcelo Costa
de Andrade, e casos como Suzane Richthofen, Maníaco do Parque e o Caso Lucas Terra,
incluindo os filmes correspondentes na Amazon Prime Video. Explorando as intersecções
entre sensacionalismo midiático, psicanálise e comunicação social, o curso convida à
reflexão sobre a "gourmetização" e “romantização” do true crime pela mídia,
comunicação e entretenimento, propondo uma análise das implicações dessas
representações na comunicação social contemporânea, com destaque para os desafios
éticos na disseminação desses conteúdos.


Workshop 4 – Comunicando riscos em trilhas na natureza
Mônica Igreja do Prado


Atividades de caminhada em trilhas e em trilhas de longo curso se revelam como valor
para a conservação e a preservação de recursos naturais. As trilhas são capazes de gerar
renda e desenvolvimento local. No Distrito Federal e em Goiás, há trilhas que
movimentam recursos humanos e financeiros como os caminhos do Planalto Central, de
Cora Coralina, e dos Veadeiros, os quais integram o Caminho dos Goyazes. A
comunicação do grau de risco das trilhas necessita de aporte e inovação em sua
iconografia e representação interpretativa. Em seu Manual de Sinalização de Trilhas, o
ICMBio sugere que o sistema seja mais simples, que faça sentido regionalmente e que
seja de rápida interpretação pelo visitante. O ICMBio considera que a proposta para a
comunicação da classificação baseada na norma ABNT (NBR 15505-2:2019) é complexa
e de difícil interpretação. A proposta do Workshop é realizar uma escuta ativa para
elencar sugestões para uma iconografia que comunique, rapidamente ao caminhante, o
grau de dificuldade das trilhas, tomando por base a norma técnica e alguns modelos
utilizados no país.


Workshop 5 – Publicidade fora do armário: como criar campanhas que respeitem a
diversidade e a inclusão?
Lucas Lima Jansen


Em um contexto social que exige cada vez mais representatividade e inclusão da
comunidade LGBTI+, a criação de campanhas publicitárias que contemplem a
diversidade de identidades de gênero e sexualidades se apresenta como um desafio para
os profissionais da área. Diante desse cenário, o workshop “Publicidade fora do armário:
como criar campanhas que respeitem a diversidade e a inclusão?” visa explorar os
fundamentos da outvertising (Mozdzenski, 2019), com o objetivo de capacitar os
participantes na criação de campanhas publicitárias que abracem a diversidade. Para
cumprir esse objetivo, será apresentado um briefing que traz uma situação-problema
específica. Assim, os participantes serão estimulados a desenvolver estratégias e
conceitos de campanha que atendam às demandas da marca em questão e promovam
a inclusão e o respeito à diversidade.


Workshop 6 – Bacurau (2019): Produção, direção de arte e circulação
Amanda de Sousa Veloso


Este minicurso tem como objetivo abordar aspectos da construção da Direção de Arte
no filme Bacurau (2019), escrito e dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano
Dornelles. Para tanto, o primeiro momento da oficina se dedica a apresentar o que é
direção de arte e como as imagens podem ser pensadas. No segundo momento, o filme
será apresentado na perspectiva do Circuito da Cultura (Johnson, 2014), assim, serão
abordados elementos referentes aos processos de produção e circulação de Bacurau,
como a trajetória dos diretores, o contexto de produção e lançamento do filme e, então,
a construção da direção de arte, assinada por Thales Junqueira, com foco na cenografia
do filme.


Workshop 7 – O olhar interseccional nas pesquisas em comunicação
Ana Lucia Nunes de Sousa


Patrícia Hill Collins e Sirma Bilge (2020) apresentam a interseccionalidade como uma
ferramenta analítica, fundamentada numa prática crítica, na qual raça, gênero,
sexualidade, capacidade física, status de cidadania, etnia, nacionalidade, e faixa etária,
são construtos mútuos que moldam os fenômenos e problemas sociais. O objetivo deste
workshop é discutir as possibilidades e desafios da abordagem interseccional nas
pesquisas da área de comunicação. Para além de nomear a interseccionalidade como
conceito ou localizá-la num ponto específico da cronologia, buscamos recuperar e
visibilizar as contribuições de autoras do sul global e as potencialidades desta ferramenta
analítica. O workshop apresentará experiências práticas e lições da pesquisa em
comunicação com olhar interseccional, além de oportunizar que as próprias pessoas
participantes apresentem suas propostas de pesquisa.

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